A escritora Michèle Fitoussi lançou
recentemente a biografia da maravilhosa Helena Rubinstein, a polonesa chiquérrima
do século 19 que popularizou a maquiagem para todas nós, pobres mortais!
Não conhecia muito sobre ela, mas
estou bem tentada a ler este livro (amo biografias!), ainda mais com o tema que
tanto amamos.
Com a denominação muito bem empregada
de “A mulher que inventou a beleza”, Helena sem dúvida era uma mulher bem à
frente do seu tempo.
Li uma reportagem da Marie Claire e
gostei tanto que decidi compartilhar com vocês! Deliciem-se!
Quando aos 24 anos Helena Rubinstein subiu em um
navio, em Gênova, rumo à casa do tio desconhecido na Austrália, carregando
poucas peças de roupa e 12 potes de creme caseiro, não imaginava o império que
construiria anos depois. Nascida em 1872, no subúrbio de Cracóvia, a
polonesa foi pioneira nos cuidados com a pele, ensinou mulheres do mundo
inteiro o poder da cosmética e consagrou-se como a imperatriz da beleza ao
se tornar dona de uma das maiores fortunas do mundo.
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Foto: Divulgação |
“Ela foi para o
desconhecido com uma coragem e determinação que me fascinam”, disse com
exclusividade para Marie Claire a escritora e jornalista Michèle Fitoussi,
autora da biografia “A mulher que inventou a beleza – a vida de Helena
Rubinstein” (Editora Objetiva). O livro acaba de chegar às livrarias
brasileiras.
Durante a entrevista, Michèle conta como redescobriu a
história de superação e sucesso de Rubinstein, além de comentar o papel da
polonesa na emancipação das mulheres e nos costumes femininos até hoje.
Marie Claire: No prefácio, você descreve uma série de eventos
que justificam sua admiração pela história de Helena Rubinstein. Se fosse
escolher, qual ponto ao longo da trajetória da empresária mais te fascina?
Michèle Fitoussi: É sempre muito difícil escolher, mas existem dois
momentos: o primeiro é a partida dela, sozinha, para a Austrália, para
encontrar o tio. Ficou dois meses cruzando o oceano, empoleirada em seus
sapatos com saltos de 12 centímetros e doze potes de creme na mala. Isso, em
1986, quando Helena tinha só 24 anos, não falava inglês, não conhecia o parente
que a esperava do outro lado do mundo. Ela foi para o desconhecido com uma
coragem e determinação que me fascinam. O segundo momento é quando vendeu
sua empresa norte-americana para os Lehman Brother em 1928 a US$ 7 milhões na
época e a adquiriu de volta, após a crise, em 1930, por US $ 1 milhão. Chance,
intuição, oportunidade? Isso mostra um verdadeiro talento para os negócios.
Chega a ser emocionante a maneira como ela atacava esses homens.
M.C.: Por que a história dela ficou esquecida por tanto tempo?
M.F.: Porque as pessoas esquecem e o nome de Helena
Rubinstein se popularizou como marca, não como pessoa. Além disso, os produtos
pararam de ser vendidos nos Estados Unidos e na França, já que a marca foi
adquirida pela L' Oreal e se transformou em um "nicho" dentro da
multinacional. Talvez alguns tenham pensado que sua história estivesse
fora de moda. E ela não tinha ninguém para perpetuá-la como mito.
Demais né? Tem como não amar??